Fonte: Sociedade Brasileira de Urologia - São Paulo
A Doença Peyronie é uma deformidade na curvatura normal do pênis e pode prejudicar muito a vida sexual do indíviduo. O problema consiste em uma anomalia do pênis que provoca dor, deformidade, dificuldade erétil e penetração durante o ato sexual, e acomete cerca de 10% dos homens, segundo o que informa a literatura médica, porém, a prevalência pode variar de 0,5% a 20,3% na população. Geralmente, ocorre em homens acima dos 40 anos.
As taxas podem ser ainda maiores em pacientes que apresentam problemas de disfunção erétil e diabetes. A SBUSP – Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo recomenda a ida regular do homem ao urologista a partir dos 45 anos para diagnosticar essa e outras doenças, que podem comprometer a saúde e a qualidade de vida.
Para elucidar as principais dúvidas sobre essa doença, o prof. Flavio Trigo Rocha, presidente da SBUSP, explica a seguir os principais sintomas, causas, diagnóstico, alternativas de tratamento.
Geralmente em homens acima dos 40 anos, que apresentam o distúrbio no início da curvatura do pênis, acompanhado de dor leve a moderada. Vale lembrar que, no passado, a doença foi considerada rara, mas, atualmente, atinge cerca de 10% da população masculina no Brasil.
A Doença de Peyronie costuma se manifestar por meio de fibrose no pênis, provocando deformidades no órgão, dor, tortuosidade e diminuição do pênis. Geralmente, a ereção é ainda firme o suficiente para ter relações sexuais, mas a curvatura do pênis pode impedir a penetração ou fazê-la de forma dificultosa para a paciente.
Alguns fatores podem influenciar o aparecimento do problema, entre eles, a ocorrência de micro traumas e fraturas no pênis em posição ereta, doenças metabólicas, auto-imunes e fibromatosas, ou seja, quando ocorre uma alteração na anatomia do órgão.
Esta é uma doença que não tem caráter hereditário e não apresenta formas de prevenção.
É o de enfrentar dificuldades durante o ato sexual, pois esse problema afeta principalmente a imagem e autoestima do homem, levando a quadros de estresse, isolamento social, constragimentos com a parceira.
Na fase aguda (inflamatória) que pode durar de 12 a 18 meses, o paciente é orientado a fazer uso de medicações via oral para tratamento da dor com anti-inflamatórios, analgésicos e drogas para evitar piora da deformidade, mas com um fator de cura pouco eficaz. Na fase crônica, normalmente após fibrose e cicatrização, o tratamento recomendado é o cirúrgico.
Embora as terapias cirúrgicas sejam tradicionalmente consideradas o padrão ouro para a correção da curvatura estão associadas à possíveis complicações, como o risco de encurtamento da haste peniana, diminuição da sensibilidade, piora da função erétil e recorrência da curvatura com o tempo.
Uma das alternativas, dependendo do caso, é o uso de implante de prótese peniana, sendo recomendado a alguns pacientes. A prótese pode corrigiar a curvatura em quase 70% dos casos.
Existe uma patologia congênita nos meninos, que é a tortuosidade peniana congênita, que não apresenta dor, e está presente desde o nascimento até o crescimento, diferentemente do adulto, que tem o acometimento e percepção em um determinado período de sua vida adulta. Nesse caso, o problema está associado à dor, deformidade e encurtamento peniano.
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